quarta-feira, 25 de maio de 2016

página um

Outro dia ao ouvir a opinião de alguém que deu uma olhadela no meu primeiro blog, soube que eu era muito melancólica, não sei se esse foi o adjetivo, mas a ideia principal era essa. Hoje eu mesma relendo mais uma vez algumas destas coisas que escrevi, não só percebo esse traço como sinto novamente algumas dessas densas emoções que motivaram um texto ou outro. Foi importante escrever, registrar, expressar um pouco dessa tristeza que permeia o texto agora e que de alguma forma residiu ou reside em mim de alguma forma, apesar da bandeira da alegria que sempre empunho sorridente. Talvez seja necessário assumir essa parte que me cabe dessa dor de existir, que não entendo bem.
Dia desses aconselhei uma amiga a escrever sobre uma experiência e uma fase da vida que muito lhe emocionava. Agora entendo que o conselho talvez fosse pra mim. Retomar esse exercício que me fez tão bem por um tempo, embora não disciplinado. Acredito que ainda há o que extravasar por essas vias, pelas pontas dos dedos, sílaba a sílaba, até que não haja mais o que ser dito, ou quem sabe seja um começo de um novo modo de falar. Decidi escrever um livro. Agora. Um dia anotei um nome que eu pudesse usar num livro que algum dia escrevesse inspirado num filme que vi: O lado bem da vida. Me agrada o conjunto das palavras, a sonoridade, a possibilidade de rearranjá-las. Talvez o título não seja esse, talvez nem seja um livro, talvez ninguém leia, mas eu já comecei.

Porque preciso escrever para mim.

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