sábado, 28 de maio de 2016

um coração peculiar

Fui fazer um exame cardiológico no ano de dois mil e nove, nem me lembro por quais motivos, e o médico me disse que eu tinha "um coração peculiar". Depois que ele disse que não era doença e que eu não me preocupasse, eu gostei. Ter um coração peculiar, me explica muitas coisas. Deve ser por isso, que meu coração não segue as regras comuns a todos os outros corações. Não é tão romântico, tão exagerado quanto muitos, não é indiferente como vários outros, não extravasa o sentimento. Esse coração peculiar se retrai, às vezes tenta ser espalhafatoso, e falha. E de novo se intimida e bate tão intensamente mas tão disfarçadamente que só eu sinto, por ser peculiar. Agora tenho uma justificativa para esse embaraço, para esse desalinho. São as artérias invertidas...ou algo assim, não lembro. Esse jeito de sentir e amar próprio, típico, destrambelhado tem razão. Deve ser isto: razão demais. Penso em voltar lá para perguntar, mesmo que não seja nada grave:  Há algo que o conserte?


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