quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tive uma idéia

Tive uma idéia (nada original e ainda com acento no E) de postar looks de amigos/as, meus, de acessórios, que eu considerasse bonitos. Como não tenho  câmera profissional (ainda), coragem pra abordar pessoas ( talvez não venha a ter) e pedir pra fotografá-las e pensando melhor ainda em tornar isso algo mais pessoal, mostrar o meu ponto de vista, sobre o que é belo, seja na moda ou em qualquer outro contexto; por que não ampliar esse olhar tão subjetivo? Por que não mostrar por fotos ou palavras e assumir de vez que esse mal da sociedade moderna, o exibicionismo me atingiu (mesmo que não seja eu, mas que seja o meu olho que veja), a necessidade de ser vista/ouvida para se sentir viva.
Bom, tem esse lance aí que eu li em algum lugar, num livro de filosofia ou site da internet. Mas para além da sociedade do espetáculo/ do consumo (necessitamos dessa publicidade para sermos felizes?) já disse Raquel de Queiroz: Eu existi, eu sou, eu pensei, eu senti, e eu queria que você soubesse. Concordo com ela, no fundo só queremos nos reconhecer no outro, na sua aceitação, na sua identificação conosco. Não pretendo explicá-la (nem sei) mas me justificar com as palavras dessa  nordestina (assim como eu) tão talentosa e importante (quem sabe um dia eu).
Assim citando outra inspiradora mulher, Adélia Prado, fiquei "livre do escrúpulo de ter procurado alívio, fiquei mansa" e informo que tive outra ideia (sem acento agora) ; fico sem receios de tentar, mostrar, precariamente, sem recursos digitais miraculosos, sem uma realidade idílica o que eu vejo; o que eu sinto; e da forma como percebo quaisquer coisas, pessoas, ideias, idéias. Por uma foto, uma citação, um exercício minha própria escrita. Aqui quero guardar, juntar aquilo que me emociona, que me toca, que me sensibiliza; compartilhar (que palavra mais facebook, mas fica) os meus guardados, os meus recortes, suportes de criatividade, porque todos precisamos de um lugar onde nos distanciamos da realidade e ficamos só em contato com a parte bonita, sonora, delicada do mundo.
Deu pra perceber que tenho essa necessidade de me explicar, de me entender, isso me faz prolixa quando escrevo. Espero que eu descubra a partir de agora, desse canto, quais encantos eu ainda vou quebrar e jogar em alguém.
 
Me sinto bem vinda, sinta-se também, quem por aqui passar.
Ana Aitak

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