Agradeço muito por, às vezes, como a mulher da crônica de Rubem Alves, ganhar olhos de poeta, poder enxergar as coisas pelos olhos da inspiração. Só que isso, por outro lado, também implica sentir todo o sentimento do mundo em outros momentos, até por uma banalidade; tudo assusta, tudo "espanta", tudo dói demasiadamente. E a gente que sente assim, sem poder conter, nem diminuir, só cala. E esse silêncio não alivia, pesa. O querer esmaece. Uma lágrima de vidro se forma no canto do olho, e não cai, mas nos impede de ver a poesia ao redor. E isso é muito mais triste.
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