quinta-feira, 1 de agosto de 2013

correspondência

eu seria capaz de amar esse mistério essencial que não se dissipa nem quando você fala. Seria capaz de conviver com esse riso sempre meio irônico, mesmo quando não é. Seria capaz de amar, cada ruga embaixo do olho, cada fio branco no meio dos pretos, cada detalhe, uns defeitos. Eu seria capaz de ceder um espaço, de ficar em silêncio, de ouvir o monólogo e sonhar sonhos seus; se também tu fosses capaz de querer bem assim, por escolha e vontade. Porque não sou capaz de acreditar que a indiferença permita qualquer outro sentimento. Mas é possível.
 
(em 23-10-2010)

Um comentário:

Milene disse...

Que lindo Ana. Sempre me faz falta passar por aqui. Beijo!

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