terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Experimentando Look 1
1º look do blog, vai permanecer como lembrança da ideia inicial :)
Coments: Além de uma câmera profissional, precisamos aprender umas coisinhas mais! Vejam só:
O início
A partir de hoje (03-04-13) esse espaço vai servir pra outro tipo de expressividade.
Como o poeta Manuel Bandeira, sabemos " a beleza, é em nós que ela existe" mas o que adoramos é a vida!
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento.
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.
Bandeira, Manuel, "Madrigal Melancólico", in Poesia Completa e Prosa (Nova Aguilar, 1993).
Com essa poesia, declaramos nascido o blog! :)
MADRIGAL MELANCÓLICO
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O que eu adoro em ti,Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento.
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.
Bandeira, Manuel, "Madrigal Melancólico", in Poesia Completa e Prosa (Nova Aguilar, 1993).
Com essa poesia, declaramos nascido o blog! :)